A Arte imita a Natureza, diz um lema alquímico. O trabalho dos alquimistas em seu laboratório era acelerar, ou fazer dentro de condições controladas (laboratoriais), aquilo que a natureza demoraria anos para fazer. A analogia com a psicoterapia aqui já se delineia: a “individuação” favorecida pela análise para revisão de costumeiras formas de ser e criação de novas perspectivas.
Unus Mundus, um senso de totalidade. A alquimia trabalha com relações entre macro e microcosmo, separações precisas entre externo e interno não fazem parte do olhar alquímico, sujeito e objeto estão em absoluta relação; e mais, a alquimia tem lugar para uma linguagem imagética, simbólica, uma linguagem que está a serviço de conexões. Exatamente por estes quesitos tornou-se objeto de interesse de Jung, uma mina de simbolismo: os símbolos alquímicos sendo semelhantes aos símbolos de nossos sonhos, fantasias, dos mitos, das artes. Expressando portanto as profundidades da alma humana, onde somos todos semelhantes.
Justamente pela visão de mundo alquímica não estabelecer separações entre sujeito e objeto torna-se evidente que ao falar das transmutações da matéria ele também falava do processo de transformação que nele ocorria, isso era fato. Por não ter conhecimento exato
da matéria esta tornava-se um espelho para o que ocorria em sua alma. O alquimista descreve, de forma imagética, o processo de transformação que ocorria nele e nos indivíduos.
"A alquimia é uma ciência natural que representa uma tentativa de entendimento de fenômenos materiais de natureza; é um misto da física e da química desses tempos remotos e corresponde à atitude mental consciente daqueles que a estudaram e se concentraram no mistério da natureza, em especial dos fenômenos materiais. Também é o princípio de uma ciência empírica.”
Nasce como uma ciência natural que busca a compreensão da própria natureza a partir de uma especulação filosófica, como se pode ver já na filosofia pré-socrática no século VI a C. É dela que nasce o conceito de prima matéria a partir da crença de que o mundo tinha origem em uma única substância que era subdividida nos quatro elementos terra, ar, fogo e água, os quais, segundo diferentes recomposições faziam surgir todos os objetos físicos existentes no universo. Esta idéia, a prima matéria, teve sua evolução chegando com Aristóteles a ser considerada como pura potencialidade, que em seguida adquire forma, quando é atualizada na realidade.
O significado metafórico da alquimia para Jung poderia ser visto nesta suas palavras:
“O problema central da psicologia é a integração dos opostos.”
É a partir do processo de individuação que é possível compreender a presença difusa dos recursos ao simbolismo alquímico nos escritos de Jung, a partir dos anos trinta. É preciso dizer que o uso das imagens dos alquimistas (entendidas também muitas vezes em sentido próprio, ou seja como figura) e entre estas, algumas preferidas: a água, as centelhas, o redondo, o lápis, a árvore, etc, não acontece na ótica de explicações reducionistas, mas no contexto de amplificação nas quais entre os materiais oníricos e os produtos da imaginação ativa e as imagens dos alquimistas se estabelece uma circularidade ou reverberação de significados. Jung faz uma leitura que adentra na história mas não é uma leitura propriamente histórica do fenômeno alquímico. O "mistério" da alquimia na compreensão de Jung consiste na afirmação clara do caráter simbólico da coniunctio alquímica na qual propriamente reside a possibilidade de utilizá-la como termo de confronto real
( realidade objetiva, externa) e como instrumento de compreensão e de comunicação para as manifestações do inconsciente coletivo na psique individual.
Jung, a partir de seu trabalho de comparação, foi o primeiro a mostrar que o simbolismo alquímico conserva ainda hoje um significado vital, e que a verdade dos antigos alquimistas lançam luzes sobre fatos e processos descobertos no âmbito de uma psicologia marcadamente empírica. É assim que todos os estágios psíquicos ligados ao processo de individuação podem ser vistos ricamente a partir dos estágios alquímicos, a começar pelo próprio processo de análise visto como um todo:
"O encontro de duas personalidades é semelhante à mistura de duas diferentes substâncias químicas: uma ligação pode a ambas transformar."
(Fonte: http://www.symbolon.com.br/index2.htm)
Unus Mundus, um senso de totalidade. A alquimia trabalha com relações entre macro e microcosmo, separações precisas entre externo e interno não fazem parte do olhar alquímico, sujeito e objeto estão em absoluta relação; e mais, a alquimia tem lugar para uma linguagem imagética, simbólica, uma linguagem que está a serviço de conexões. Exatamente por estes quesitos tornou-se objeto de interesse de Jung, uma mina de simbolismo: os símbolos alquímicos sendo semelhantes aos símbolos de nossos sonhos, fantasias, dos mitos, das artes. Expressando portanto as profundidades da alma humana, onde somos todos semelhantes.
Justamente pela visão de mundo alquímica não estabelecer separações entre sujeito e objeto torna-se evidente que ao falar das transmutações da matéria ele também falava do processo de transformação que nele ocorria, isso era fato. Por não ter conhecimento exato
da matéria esta tornava-se um espelho para o que ocorria em sua alma. O alquimista descreve, de forma imagética, o processo de transformação que ocorria nele e nos indivíduos.
"A alquimia é uma ciência natural que representa uma tentativa de entendimento de fenômenos materiais de natureza; é um misto da física e da química desses tempos remotos e corresponde à atitude mental consciente daqueles que a estudaram e se concentraram no mistério da natureza, em especial dos fenômenos materiais. Também é o princípio de uma ciência empírica.”
Nasce como uma ciência natural que busca a compreensão da própria natureza a partir de uma especulação filosófica, como se pode ver já na filosofia pré-socrática no século VI a C. É dela que nasce o conceito de prima matéria a partir da crença de que o mundo tinha origem em uma única substância que era subdividida nos quatro elementos terra, ar, fogo e água, os quais, segundo diferentes recomposições faziam surgir todos os objetos físicos existentes no universo. Esta idéia, a prima matéria, teve sua evolução chegando com Aristóteles a ser considerada como pura potencialidade, que em seguida adquire forma, quando é atualizada na realidade.
O significado metafórico da alquimia para Jung poderia ser visto nesta suas palavras:
“O problema central da psicologia é a integração dos opostos.”
É a partir do processo de individuação que é possível compreender a presença difusa dos recursos ao simbolismo alquímico nos escritos de Jung, a partir dos anos trinta. É preciso dizer que o uso das imagens dos alquimistas (entendidas também muitas vezes em sentido próprio, ou seja como figura) e entre estas, algumas preferidas: a água, as centelhas, o redondo, o lápis, a árvore, etc, não acontece na ótica de explicações reducionistas, mas no contexto de amplificação nas quais entre os materiais oníricos e os produtos da imaginação ativa e as imagens dos alquimistas se estabelece uma circularidade ou reverberação de significados. Jung faz uma leitura que adentra na história mas não é uma leitura propriamente histórica do fenômeno alquímico. O "mistério" da alquimia na compreensão de Jung consiste na afirmação clara do caráter simbólico da coniunctio alquímica na qual propriamente reside a possibilidade de utilizá-la como termo de confronto real
( realidade objetiva, externa) e como instrumento de compreensão e de comunicação para as manifestações do inconsciente coletivo na psique individual.
Jung, a partir de seu trabalho de comparação, foi o primeiro a mostrar que o simbolismo alquímico conserva ainda hoje um significado vital, e que a verdade dos antigos alquimistas lançam luzes sobre fatos e processos descobertos no âmbito de uma psicologia marcadamente empírica. É assim que todos os estágios psíquicos ligados ao processo de individuação podem ser vistos ricamente a partir dos estágios alquímicos, a começar pelo próprio processo de análise visto como um todo:
"O encontro de duas personalidades é semelhante à mistura de duas diferentes substâncias químicas: uma ligação pode a ambas transformar."
(Fonte: http://www.symbolon.com.br/index2.htm)