A missão de Virgílio, representação da Razão Humana, é concluída. Cumpriu sua tarefa: o poeta foi confrontado pelo fogo eterno da danação no Inferno e pelo fogo temporal e purificador dos eleitos no purgatório.
"E ele disse; 'Filho, vistes o fogo temporal
E o fogo eterno; ora, chegamos ao lugar
Onde eu mais não distingüo.'
O poeta, na entrada do Paraíso Terrestre, é assim dotado de quatro atributos essenciais para prosseguir o seu percurso: o Sol do Espírito brilha na sua fonte, dispõe de um livre-arbítrio, como as almas que se purificaram no purgatório, e finalmente, a "coroa e a mitra". Estas, são símbolos dos poderes temporais e espirituais, mas podem ser interpretados esotericamente como os dois selos do Iniciado, representando o duplo domínio do material e do espiritual.
No textos do Apocalipse, na visão de João, Ezequiel e Dante, o Trono Divino aparece rodeado por quatro "seres viventes", coroados de verde folhagem, na visão de Dante. Essa referência ao reino vegetal, introduzida por Dante, nos remete à Árvore da vida, outra representação da cruz, e um dos símbolos alquímico mais sintéticos. Afinal, não são as árvores alquimistas inigualáveis, transformando elementos brutos em puro mel? Os "quatro viventes", símbolos da universalidade da presença divina, associados ao quatro evangelistas portadores da mensagem de Cristo, na perspectiva hermética representam a combinação das energias relacionadas com cada um dos quatro elementos e à obra no micro e macrocosmos.
O Ar, associado à Águia de São João, representa as energias de comunicação entre o Céu e a Terra (a árvore, que sulca a terra com suas raízes na mesma proporção que lança suas galhas para o céu) e as energias intelectuais; o Fogo, associada ao Leão de Marcos, representa as energias dinâmicas e físicas que emanam da divindade e, com isso, as forças fecundantes e regeneradoras (o processo de fotossíntese, que se vale da energia solar para metabolizar a matéria bruta); a Terra, associada ao Touro de Lucas, representa a "matéria-prima", provedora da forma e energias de concretização das forças do Espírito ao seio da Matéria (o enraizamento, ancoramento, que permite que se cresça verticalmente); e, por fim, a Água, associada ao Anjo de Mateus, representando as energias livres, ligadas porém às forças instintivas e aos sentimentos, constituindo também um símbolo de vitalidade e fecundidade (a seiva, elemento de ligação, solução universal: o inconsciente coletivo, manancial de vida e substrato comum).
Observa-se que o Ar e o Fogo são tradicionalmente considerados elementos masculinos e ativos, e a Água e a Terra, femininos e passivos.
Esses atributos estão constelados de forma condensada na Cruz Fixa dos elementos, composta pelos signos zoodiacais: Touro, Leão, Escorpião e Aquário, o apogeu das quatro estações (no hemisfério norte), Primavera, Verão, Outono e Inverno.
"E ele disse; 'Filho, vistes o fogo temporal
E o fogo eterno; ora, chegamos ao lugar
Onde eu mais não distingüo.'
O poeta, na entrada do Paraíso Terrestre, é assim dotado de quatro atributos essenciais para prosseguir o seu percurso: o Sol do Espírito brilha na sua fonte, dispõe de um livre-arbítrio, como as almas que se purificaram no purgatório, e finalmente, a "coroa e a mitra". Estas, são símbolos dos poderes temporais e espirituais, mas podem ser interpretados esotericamente como os dois selos do Iniciado, representando o duplo domínio do material e do espiritual.
No textos do Apocalipse, na visão de João, Ezequiel e Dante, o Trono Divino aparece rodeado por quatro "seres viventes", coroados de verde folhagem, na visão de Dante. Essa referência ao reino vegetal, introduzida por Dante, nos remete à Árvore da vida, outra representação da cruz, e um dos símbolos alquímico mais sintéticos. Afinal, não são as árvores alquimistas inigualáveis, transformando elementos brutos em puro mel? Os "quatro viventes", símbolos da universalidade da presença divina, associados ao quatro evangelistas portadores da mensagem de Cristo, na perspectiva hermética representam a combinação das energias relacionadas com cada um dos quatro elementos e à obra no micro e macrocosmos.
O Ar, associado à Águia de São João, representa as energias de comunicação entre o Céu e a Terra (a árvore, que sulca a terra com suas raízes na mesma proporção que lança suas galhas para o céu) e as energias intelectuais; o Fogo, associada ao Leão de Marcos, representa as energias dinâmicas e físicas que emanam da divindade e, com isso, as forças fecundantes e regeneradoras (o processo de fotossíntese, que se vale da energia solar para metabolizar a matéria bruta); a Terra, associada ao Touro de Lucas, representa a "matéria-prima", provedora da forma e energias de concretização das forças do Espírito ao seio da Matéria (o enraizamento, ancoramento, que permite que se cresça verticalmente); e, por fim, a Água, associada ao Anjo de Mateus, representando as energias livres, ligadas porém às forças instintivas e aos sentimentos, constituindo também um símbolo de vitalidade e fecundidade (a seiva, elemento de ligação, solução universal: o inconsciente coletivo, manancial de vida e substrato comum).
Observa-se que o Ar e o Fogo são tradicionalmente considerados elementos masculinos e ativos, e a Água e a Terra, femininos e passivos.
Esses atributos estão constelados de forma condensada na Cruz Fixa dos elementos, composta pelos signos zoodiacais: Touro, Leão, Escorpião e Aquário, o apogeu das quatro estações (no hemisfério norte), Primavera, Verão, Outono e Inverno.
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