“ Assim estava eu com aquela nova visão:
Queria ver como a imagem no círculo
Podia reunir-se, e como nele perdura;
Mas para esse vôo não bastavam minhas asas:
Quando meu espírito foi atingido por um raio
Que seu desejo queria cumprir.”
(Versos D´A Divina Comédia, extraídos do último Canto do Paraíso)
O número 10 estrutura o Paraíso dantesco em seu conjunto, ao redor das Dez Ciências, que são: Gramática, Dialética, Retórica, Aritmética, Música, Geometria, Astrologia, Física e Metafísica (juntas), Filosofia (moral), e, finalmente, a ciência de Deus, a Ciência Suprema.
De fato, este número encarna o “Poder Divino” no seio da Matéria, sob a forma destas ciências, ou princípios.
A letra Yod possui a caracteística de ser a décima letra do alfabeto hebraico e possuir o mesmo valor numerológico. Trata-se do ‘germe divino’ símbolo da presença que age e irradia ao seio do mundo criado.
Essa mesma letra é associada à 20ª senda da Árvore da Vida, que liga a sefirá Hesed, “ a Graça”, lugar de vivificação e do florescimento pela bondade e misericórdia de Deus, a Tiferet, “ a Beleza”, lugar de unificação de todas as emanações sefiróticas, no qual todas as forças emocionais da almase reúnem em um ponto de fusão e de harmonia, para a edificação do “eu” pessoal. Essa senda, denominada " Consciência da Vontade" ou "Inteligência da Vontade", permite ao "eu" e sua expressão pessoal afinar à Vontade Divina, e assim o ser pode participar dos planos cósmicos da criação, movido por um poder superior. Isso traduz a visão da harmonização das esferas do Virgílio dantesco, citado na postagem anterior.
"...encaixar meu desejo no desejo do acontecimento... A liberdade nasce antes de tudo de uma submissão." (Viviane Mosé, filósofa e poetisa contemporânea)
Devemos frisar que esse arcano encarna a roda do Destino e lei do Carma. O aspirante no caminho, como o fez Dante, deve alcançar o "Centro" para compreender o sentido de sua existência e desenvolvimento no plano material e terrestre. Esse "Centro" simboliza a tomada de consciência dessas leis imutáveis e diretoras. Ele está situado no mais profundo do ser. Dante coloca em cena essa "descoberta" da unicidade entre o micro e o macrocosmos nos versos citados no início do texto. Giuseppe Vandelli, comentarista italiano de Dante, define em termos da Fé Cristã o sentido dos versos do poeta que descreve: "como a natureza humana, finita, e a natureza divina, infinita (simbolizada pelo círculo), podem no Cristo formar um todo.
A aceitação do agora faz o homem forte, faz com que se supere, através de sua criatividade - ou, autotranscendência.
Queria ver como a imagem no círculo
Podia reunir-se, e como nele perdura;
Mas para esse vôo não bastavam minhas asas:
Quando meu espírito foi atingido por um raio
Que seu desejo queria cumprir.”
(Versos D´A Divina Comédia, extraídos do último Canto do Paraíso)
O número 10 estrutura o Paraíso dantesco em seu conjunto, ao redor das Dez Ciências, que são: Gramática, Dialética, Retórica, Aritmética, Música, Geometria, Astrologia, Física e Metafísica (juntas), Filosofia (moral), e, finalmente, a ciência de Deus, a Ciência Suprema.
De fato, este número encarna o “Poder Divino” no seio da Matéria, sob a forma destas ciências, ou princípios.
A letra Yod possui a caracteística de ser a décima letra do alfabeto hebraico e possuir o mesmo valor numerológico. Trata-se do ‘germe divino’ símbolo da presença que age e irradia ao seio do mundo criado.
Essa mesma letra é associada à 20ª senda da Árvore da Vida, que liga a sefirá Hesed, “ a Graça”, lugar de vivificação e do florescimento pela bondade e misericórdia de Deus, a Tiferet, “ a Beleza”, lugar de unificação de todas as emanações sefiróticas, no qual todas as forças emocionais da almase reúnem em um ponto de fusão e de harmonia, para a edificação do “eu” pessoal. Essa senda, denominada " Consciência da Vontade" ou "Inteligência da Vontade", permite ao "eu" e sua expressão pessoal afinar à Vontade Divina, e assim o ser pode participar dos planos cósmicos da criação, movido por um poder superior. Isso traduz a visão da harmonização das esferas do Virgílio dantesco, citado na postagem anterior.
"...encaixar meu desejo no desejo do acontecimento... A liberdade nasce antes de tudo de uma submissão." (Viviane Mosé, filósofa e poetisa contemporânea)
Devemos frisar que esse arcano encarna a roda do Destino e lei do Carma. O aspirante no caminho, como o fez Dante, deve alcançar o "Centro" para compreender o sentido de sua existência e desenvolvimento no plano material e terrestre. Esse "Centro" simboliza a tomada de consciência dessas leis imutáveis e diretoras. Ele está situado no mais profundo do ser. Dante coloca em cena essa "descoberta" da unicidade entre o micro e o macrocosmos nos versos citados no início do texto. Giuseppe Vandelli, comentarista italiano de Dante, define em termos da Fé Cristã o sentido dos versos do poeta que descreve: "como a natureza humana, finita, e a natureza divina, infinita (simbolizada pelo círculo), podem no Cristo formar um todo.
A aceitação do agora faz o homem forte, faz com que se supere, através de sua criatividade - ou, autotranscendência.
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